Pés Diabéticos

O pé diabético é uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus.

Essas alterações constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infecção e menor circulação sanguínea no local.

Essas lesões geralmente apresentam contaminação por bactérias, e como o diabetes provoca uma retardação na cicatrização, ocorre o risco do pé ser amputado. O pé diabético ocorre pela ação destrutiva do excesso de glicose no sangue.

A nível vascular, causa endurecimento das paredes dos vasos, além de sua oclusão, o que faz a circulação diminuir, provocando isquemia e trombose.

Nos Dedos: podem ser formadas deformidades, que por pressão formam calosidades ulceráveis.

Sulcos interdigitais: local com facilidade para fissuras e cortes, além da presença de fungos.

Região distal do pé: metatarsos ulcerados podem levar a osteomielite.

Região medial do pé: é um local de apoio, sujeito a calosidades.

Segundo os artigos baseados no consenso internacional sobre pé diabético (1997) e preparados por grupos de trabalho distintos, o tratamento de pacientes com feridas de pé diabético segue as segunites diretrizes:

  • Alívio da compressão e proteção da úlcera
  • Restabelecimento da perfusão sanguínea cutânea
  • Tratamento de infecções
  • Controle metabólico e tratamento de comorbidades
  • Cuidados locais com a ferida
  • Inspeção frequente da ferida;
  • Debridamento frequente de ferida (procedido por profissionais habilitados);
  • Controle de exsudação e manutenção de ambiente úmido;
  • Considerar terapia com curativos a pressão negativa no pós-operatório;
  • Emprego de produtos biologicamente ativos (colágenos, fatores de crescimento, tecidos de bioengenharia) em úlceras neuropáticas;
  • Oxigenoterapia hiperbárica;
  • Emprego de curativos com sais de prata ou outros agentes antimicrobianos.
  • Fototerapia

Pé diabético é uma das complicações mais graves, pois, têm um grande impacto socioeconômico incluindo despesas com o tratamento, grandes períodos de internação, incapacidades físicas já que em muitas vezes evoluem para a amputação e sociais como desemprego e perda de produtividade. O tratamento da úlcera diabética é difícil e prolongado, associa-se a altas taxas de insucesso e recidiva, requerendo a combinação de várias modalidades terapêuticas.

É importante que o tratamento seja acompanhado por uma equipe de saúde, para que processo de cicatrização seja efetivo e num menor tempo. A cicatrização é um processo lento que depende de condições locais e sistêmicas. As lesões nos pés de pacientes com DM podem levar a graves sequelas mesmo quando tratadas a tempo, quando não há tratamento os danos são quase inevitáveis, as deformações do pé, podem levar a amputação e até mesmo uma infecção sistêmica.

Para saber exatamente qual a gravidade do seu caso e o tratamento mais adequado, agende uma consulta o mais brevemente possível.

Marlene Forquins
Podologista em Pelotas
Podóloga Profissional

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